Percebo que juntar os conceitos dos três textos: Conceituando a andragogia, A importância da neurociência na educação e Estilos de aprendizagem trouxeram para nossa discussão elementos fundamentais para o nosso futuro desempenho nos Cursos da EGOV. Mesmo para aqueles que já conheciam os conceitos e teorias trazidos por eles, isso implica ampliação de nossa visão crítica, que vai nos aproximando da resposta ao questionamento da professora Olga:
Qual o papel da pesquisa para o formador que fui até agora e que formador pretendo ser?
Assim, trago hoje as pontuações feitas a partir da importância da neurociência na educação. (Reflexão a partir do texto de Vera Lucia de Siqueira Mietto – Módulo II do FFP1)
Um conceito preliminar: “A Neurociência da Aprendizagem, em termos gerais, é o estudo de como o cérebro aprende.”.
Falar em educação e aprendizagem é falar em processos neurais, redes que se estabelecem e neurônios que se ligam e fazem novas sinapses.Portanto, continuar aprendendo é uma forma de manter-se de fato viv@.
O que nos mantém viv@s, além de tantos hábitos saudáveis para a manutenção da vida em nosso corpo, é mantermos o cérebro e a mente também vivos. O melhor remédio é a aprendizagem constante e contínua. Ou seja, manter em atividade esse maravilhoso e complexo processo, que provoca e viabiliza a reação do cérebro aos estímulos do ambiente, ativando as fundamentais sinapses (ligações entre os neurônios por onde passam os estímulos), intensificando e fortalecendo-as.
A neurociência, como a grande aliada dos professores, vem para nos apresentar cada região do cérebro e sua respectiva função. Tal conhecimento é importante para quem deseja atuar como um facilitador de aprendizagens porque vai fornecer o background para as decisões estratégico-pedagógicas em relação às escolhas referentes ao tipo de atividades, materiais didáticos etc. adequados aos diferentes estilos de aprendizagem, por mais heterogêneos que sejam os grupos que o profissional (formador, facilitador, tutor) possa encontrar no desempenho do seu magistério. Essa adequação é imprescindível ao processo de ensino realmente dinâmico e prazeroso, que desencadea alterações nas conexões sinápticas, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, afetando o funcionamento do cérebro de maneira substancial e de forma positiva e permanente, com resultados extremamente satisfatórios para todos os atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
A validade desses conceitos e princípios neurocientíficos será visível quando se fizer uso de técnicas que utilizem recursos que provoquem reações nos diversos sistemas envolvidos na ação de aprendizado: o auditivo (sons diversos e música), visual (formas, cores variadas), o sistema tátil (dramatizações, texturas diferenciadas) e até mesmo o olfato e o paladar, quando for pertinente ao conteúdo objeto.
O grande desafio dos educadores é acertar no preparo de aulas que facilitem uma espécie de “disparo neural” nas sinapses e no funcionamento desses sistemas. Identificando-se o estilo de aprendizagem próprio de cada um de seus alunos, o professor/formador/tutor saberá quais as estratégias e técnicas mais adequadas para utilizar.
As atividades prazerosas e desafiadoras são aquelas que desencadeiam mais naturalmente o tal “disparo neural” – uma bela metáfora para o fenômeno ou os fenômenos mentais durante o processo da aprendizagem. A aula ministrada e que leve em conta esses princípios neurocientíficos transformará o aluno em parceiro crítico, participante ativo na construção do próprio saber. Professor e aluno em uma interação verdadeira e produtiva na construção de aprendizagens e do ambiente agradável e favorável à boa convivência.
A Neurociência da Aprendizagem fornece ainda os conhecimentos que possibilitam a melhor compreensão dos transtornos comportamentais e de aprendizagem, subsidiando a elaboração de estratégias adequadas e diferenciadas para cada caso.
O conhecimento que vamos adquirindo ensina-nos a nos tornar mais flexíveis e mais acolhedores aos diferentes modos e estratégias de aprendizagem de cada um. Isto vale para o nosso convívio com os nossos colegas e para com os nossos futuros pupilos.
A pesquisa e a formação, portanto, são indispensáveis a meu projeto profisional e funcional relacionado à possbilidade ministrar cursos aqui na EGOV-DF. Elas reforçam ou mudam conceitos fundamentais para a construção da formadora que pretendo ser.
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